Sobrevida

 

260718-Sobrevida

Resgato em mim a juventude perdida, a crença, o poder de acreditar. Há vida jorrando por todos os meus poros e emanam do meu íntimo energias positivas, sobrepondo todas as dores e decepções. Os dias são prosa e poesia e eu, inteira na metade que me sobrou. Reconheço, em meio ao que fica, o que sou na minha mais genuína essência. Sou das intensidades, não fujo da chuva e não tenho medo do escuro. Sou um mar de possibilidades e percorro novos destinos. Admiro o caminho em cada passo, o silêncio perfeito e a queda livre.

Eu escolho orgulhar-me da vida que vivo, em todos os detalhes e nuances. E eu escolho aprender com ela, mesmo aceitando que sou incapaz de entendê-la, dando a mim uma nova chance. Eu escolho viver o hoje, preparar o amanhã e me despedir do passado. Tudo se renova e nada fica. Estou em movimento e tenho vontade de alcançar o céu. O frio na barriga, os sonhos na cabeça e a fome de viver são o que me movem a cada dia que amanhece.

O futuro se apresenta num fim de tarde de inverno, num vento que é poesia nos meus cabelos e música nos meus ouvidos. Me ofereço, me entrego, me jogo, me largo e, se cair, me junto. Abro os braços e rodopio a ganhar o espaço. Estou solta, leve e plena e confio no que não conheço, na esperança das nuvens coloridas que ganham o céu e fazem companhia para minhas utopias, para os meus pensamentos esvoaçantes e para minhas ideias em redemoinhos. Minha alma perde o peso e eu me percebo infinita, fluida e incansável.

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