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A Moça da Janela

Amor * Prosa * Vida * Poesia

Sobre ela

Insistente e incansável, procuro pequenas pistas e frestas. Através das janelas d’alma, quero descobrir e revelar o que está além das coisas. Esgotar todas possibilidades e ir até a última gota. Traduzir em palavras os lugares por onde andei, as pessoas que amei, as histórias que ouvi. Quero por inteiro, grandes goles, ainda que nos pequenos detalhes...

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Ah, menino, você é tão lindo. É no seu olhar que meu céu brilha. No seu sorriso mora minha alegria. E não há outro lugar no mundo, que não no seu peito, onde eu queira estar. Porque meu corpo dança é no seu ritmo, minha pele vibra é com o seu toque e vida é mais sonho quando com você. Ah, menino, que vontade de devorar você. Camada a camada, pouco a pouco, desnudando todo o seu ser. Quero te entregar minha alma, acabar com a sua calma, andar de mãos dadas pela praia, mudar seu jeito de viver. Ah, menino, você tem tanta sorte. Eu não sei como não consegue perceber que nosso infinito é um mar de possibilidades. É só você se atrever, mergulhar fundo, até se perder. Esquece sua lógica, muda a sua direção, abre mão das suas certezas. Porque só assim te encontro, te completo e te faço transcender. Ah, menino... como eu faço se eu só sei amar você?
Perdoa meus passos trôpegos que eu esqueço seus recuos. Não me espere. Vá para o mais alto que puder e, de lá, me alcance. Queira-me sua. Revele-se meu. Ensina-me teu ritmo. Me leva pelo Teu tempo verbal. Conjuga meu futuro. Ensina-me você para que eu possa saber de mim.
O que faríamos se o sonho virasse realidade? O que haveria depois do fim de tanta espera? O que faríamos depois de saciar a sede, matar a fome, dizer todas as palavras, fazer todos os brindes e dividirmos o mesmo espaço? O que teria depois do infinito, além das estrelas, entre nós dois? Iríamos além da química, da conexão? Qual seria a nossa profundidade? Até onde chegaríamos? O horizonte seria o limite? Romperíamos fronteiras? Gastaríamos energia? Conseguiríamos passar por entre os dias, suportar a rotina e seduzir-se pelos primeiros sinais de velhice? Como seria todo resto? Do que seríamos feitos? Como seria se desse amor tecido de fiapos de esperança e acostumado com solidões se fizesse concretude e possibilidade? Qual seria o impacto? Quais seriam os efeitos?  Suportaríamos? Nos bastaríamos? Transbordaríamos? O que faríamos diante da completude? Qual seria o próximo passo? Como seria eu se pudesse reviver você? Como seria você se eu entrasse, ficasse e penetrasse na sua vida, fazendo dela minha e colocando tudo a perder? Danos? Ganhos? Quais seriam as respostas? Quais seriam as desculpas? De quem seria a culpa? O que faríamos para sobreviver? Como seria se tudo voltasse e começasse a ser, dali, no ponto exato onde tudo parou? Se deixássemos fluir? O que seríamos a partir daí? O que seria de nós, se nos deixássemos ser? Se esse sonho louco pudesse acontecer? Vem, me acorda pra viver!
Caminho lentamente pelo tempo, atravesso a cidade, mudo o trajeto, ando em círculos, dobro uma esquina. Faz inverno, muda ano, tanto engano!, e eu não sei mais pra onde ir. Chego sempre de partida, repartida em metade, meio manca, meio oca, vivendo meio que que por (re)existir. No rádio, coloco uma música, qualquer coisa pra me distrair e alterar a noção do tempo, o correr das horas e terminar logo com essa noite longa que nunca tem fim. Algo nessa letra, nessa rima, abala meu coração. Sua lembrança entra pelas frestas, molha meu rosto, rasga meu peito. Surge abrupta, estúpida, fora do ritmo, do mais profundo de mim. Tão longe, tão perto. O tempo todo aqui, silenciosamente, guardada em mim. Aqui, agora, onde tudo se confunde. Colidem sonhos, concretudes, possibilidades e conformidades. Sinto seu perfume, tão forte que eu quase acredito que seu cheiro está, de novo, em meus pulmões. Respiro fundo, fico sem ar. Sua falta, sempre ela, não me deixa respirar. O mundo se dissolve, estruturas se abalam. Clarividência e resquício de ilusão. Me embaraço no seu contorno, rompo minhas fronteiras e caio nos seus não-limites. Já não sei onde começo e você termina. Somos terra de ninguém. Ouço sua voz ecoando nos meus labirintos, reverberando nos ocos de mim. Sua ausência se preenche e eu me farto num banquete imaginário de você. Deixo que o absurdo se desenhe e me lanço neste instante louco, pouco. Ensandeço do excesso da falta de você. Eu sinto. Te sinto.  Além de todas as coisas, apesar de todo tempo, mesmo depois de tudo. Eu sinto. Aqui, no mais profundo de mim reside seu ser. Transbordo, transcendo. Decanta tudo e ficamos nós. Implícito, infinito, intrínseco, inexorável. Eu. Você. Parte indissolúvel de mim. Razão para (re)existir.

Categoria: Sincericídios

Precipício

Precipício

 

Caminho lentamente pelo tempo, atravesso a cidade, mudo o trajeto, ando em círculos, dobro uma esquina. Faz inverno, muda ano, tanto engano!, e eu não sei mais pra onde ir. Chego sempre de partida, repartida em metade, meio manca, meio oca, vivendo meio que que por (re)existir.

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por A Moça da Janelaem Palavras, Sincericídios16 de novembro de 2016330 palavrasDeixe um comentário

Sine qua non

Sine qua non

Nosso amor morreu antes de existir, sendo, ainda assim, maior, bem maior que o fim. O que sobrou, ficou aqui, ancorado no segredo do meu ser, por trás de todas as camadas. Ali, onde ninguém vê. Bem aqui, onde arde e urge em mim. Continuar lendo “Sine qua non” →

por A Moça da Janelaem Palavras, Sincericídios9 de novembro de 20169 de novembro de 2016367 palavrasDeixe um comentário

Me rendo

Me rendo

Cedo ou tarde eu voltaria. Eu sei que você sempre soube, mesmo quando eu duvidei. Mesmo trancado todas as janelas e apagando todos os rastros, você sempre soube que eu sempre voltaria. E cá estou, de novo e mais uma vez. Presa a sua lembrança, refém de uma esperança torta, quase morta, do impossível acontecer. Continuar lendo “Me rendo” →

por A Moça da Janelaem Palavras, Sincericídios6 de novembro de 20166 de novembro de 2016372 palavras5 comentários

Verdade não dita

Verdade não dita

Eu tive medo. De não ser o suficiente, de não estar pronto de não dar conta. Porque você é um furacão e bagunça tudo por onde passa. Me virou do avesso, subverteu a minha lógica e alterou a minha linha de raciocínio. Até hoje estou tentando reorganizar minha vida pós você.
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por A Moça da Janelaem Sincericídios28 de junho de 201628 de junho de 2016317 palavras1 comentário

Incrustado

Incrustado

O que eu sinto fica, cada vez mais. Ali, entre os meus ossos e abismos, nos escuros e nos ocos. Nos meus urros, em minha pele, sob as unhas, atrás dos sorrisos  e das desculpas, está você, delineando o melhor de mim. Continuar lendo “Incrustado” →

por A Moça da Janelaem Sincericídios15 de junho de 2016218 palavrasDeixe um comentário

Abstinência

Abstinência

Preciso. De mais, mais de você. Dos seus olhos pra me afogar, dos seus passos para me guiar. De você entre minhas pernas, dentro da minha boca, encostado a minha pele, sussurrando em meus ouvidos. Continuar lendo “Abstinência” →

por A Moça da Janelaem Sincericídios11 de junho de 2016243 palavras1 comentário

Latente

Latente

De repente uma vontade de te encontrar nesse fim de noite e fazer de conta que as portas não se fecharam na cara do sonho que você não quis sonhar comigo. Vontade de te dar as mãos, misturar as pernas e fundir as almas.
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por A Moça da Janelaem Sincericídios5 de junho de 20165 de junho de 2016272 palavrasDeixe um comentário

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Quando tudo que eu diga seja poesia

moinho de versos / movido a vento / em noites de boemia // vai vir o dia / quando tudo que eu diga / seja poesia (Paulo Leminski)

Poetriz

Sou um pouco de poeta e de atriz na frente do meu compoetador

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"Assim como o universo somos inconstantes e infinitos a serem descobertos."

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