Um homem que veio do mar e trouxe novas notícias de mim, redefiniu meu ser.  Me ofereceu seu pedaço de mundo e eu lhe ofereci minhas terras. Conheci a felicidade despretensiosa de dar e receber, sem pedir nada em troca.

Provei o agridoce de um amor sem perguntas, justificativas, sem promessas. Não precisei de nome, endereço, identidade, cep e cpf, nem contrato pré-nupcial.

Foi um amor que se identifica e se manifesta pela troca de olhares, pelo eco da voz do outro faz dentro da gente. Tivemos nos braços a felicidade em doses maciças, cavalares, absurdas.

Vivi apenas a amplitude do sentir, transcendendo explicações. Juntos fomos fome, instinto, vontade, desejo, suor, sal e pele. Seu gosto, minha boca. Suas mãos, meus vãos. Seus olhos, meu reflexo, mistura homogênea e volátil, ainda que etérea.

Um homem que veio do mar e trouxe aquela certeza de que tinha que ser, não importando o que viria depois. Fomos o agora. O instante da completude, o raro momento do encontro. Assim nos eternizamos.

 

 

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