O que faríamos se o sonho virasse realidade? O que haveria depois do fim de tanta espera? O que faríamos depois de saciar a sede, matar a fome, dizer todas as palavras, fazer todos os brindes e dividirmos o mesmo espaço? O que teria depois do infinito, além das estrelas, entre nós dois?
Iríamos além da química, da conexão? Qual seria a nossa profundidade? Até onde chegaríamos? O horizonte seria o limite? Romperíamos fronteiras? Gastaríamos energia? Conseguiríamos passar por entre os dias, suportar a rotina e seduzir-se pelos primeiros sinais de velhice? Como seria todo resto? Do que seríamos feitos?
Como seria se desse amor tecido de fiapos de esperança e acostumado com solidões se fizesse concretude e possibilidade? Qual seria o impacto? Quais seriam os efeitos? Suportaríamos? Nos bastaríamos? Transbordaríamos? O que faríamos diante da completude? Qual seria o próximo passo?
Como seria eu se pudesse reviver você? Como seria você se eu entrasse, ficasse e penetrasse na sua vida, fazendo dela minha e colocando tudo a perder? Danos? Ganhos? Quais seriam as respostas? Quais seriam as desculpas? De quem seria a culpa? O que faríamos para sobreviver?
Como seria se tudo voltasse e começasse a ser, dali, no ponto exato onde tudo parou? Se deixássemos fluir? O que seríamos a partir daí? O que seria de nós, se nos deixássemos ser? Se esse sonho louco pudesse acontecer? Vem, me acorda pra viver!