Ficaram as lembranças. Muitas, incômodas de tão doces. Seu rosto, seu corpo, os dias e as noites inteiras feitas para amar. Os grandes momentos, as pequenas surpresas. Está tudo aqui, no emaranhado das lembranças que ficaram depois do fim.
Sua lembrança é imperecível, indestrutível, inesquecível. Assim como foi a entrega, a felicidade, a sensação de completude, o gozo e a paz de ter você. São memórias persistentes, irrepetíveis e quase ínfimas. Infinitas.
Lembranças feitas dos seus gestos, do jeito de sorrir, do timbre da sua voz, daquelas manias detestáveis, dos cílios na minha bochecha, das mãos firmes junto as minhas, da força do seu abraço e do conforto do seu peito.
Nesses todos momentos, sem que percebesse, nasciam as nossas memórias, como se suas marcas estivessem sendo impressas em mim, para depois que a vida nos separasse. Era o tempo tecendo, inconscientemente, a eternidade de nós dois…
Ficaram as lembranças, incólumes, preservadas e perfeitas. São feitas de pequenos momentos, das palavras que dizemos, dos brindes às estrelas, dos lugares por onde andamos, do jeito como nos amamos, do seu cheiro, da sua pele e do nosso suor. São aquele seu jeito de me pegar pela cintura e me apanhar desprevenida, de brincar com meus cabelos e rir com os olhos. São você, em mim.
Todos esses detalhes (tão pequenos de nós dois) parecem grandes demais agora e seguem ecoando pela minha vida. São vívidos e vorazes, me devoram e me reviram pelo avesso, reavivam meus sentidos e, com a sutileza de uma borboleta, pousam aqui outra vez, bambeando as pernas e despertando sonhos adormecidos.
E, ainda que tenha me levado tudo, ficaram as lembranças, as pequenas memórias. São minhas, do amor que me habita, do que senti naquele instante em que sua vida esbarrou na minha. Ficou aquela felicidade efêmera, aquele sonho perdido no tempo. As lembranças, essas pequenas memórias, continuaram comigo, como continua o meu jeito de te amar. E isso meu bem, isso ninguém me tira.
Show de bola… Nenhuma novidade! hehehe
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