Saltei do mais alto dos precipícios. Mergulhei fundo. Mudei de cidade, de sobrenome e de endereço. Alterei meu destino para que ele se encontrasse com o seu. Apostei todas as minhas fichas e não guardei nenhuma carta na manga. Fui pequena para caber em você, onde fiz morada e fui feliz para sempre, até o fim. Com você aprendi a amar todo dia, na rotina dos dias e nos cinzas da cidade de pedra. Continuar lendo “Gratidão”
Sobre medos e verdades
Não é o fim que assusta. Assusta é a frieza do olhar e a aspereza das suas palavras. Assusta é o peito fechado, os sonhos cerrados. A sua amnésia diante dos nossos melhores momentos, de todos aqueles pequenos e bons momentos que fizeram toda a nossa existência valer a pena. Assusta te saber tão pouco, te ter tão próximo e, ainda assim, tão distante.
Uma nova chance
É hora de cuidar de mim, de me resgatar. De conjugar no singular, de me colocar em primeiro lugar. É hora de crescer, de deixar partir quem não quer ficar. De ficar bem com a minha própria companhia. É hora de me reinventar. De vestir-me de liberdade, de resinificar minha existência, resgatar minha essência. Continuar lendo “Uma nova chance”
Menino
Ah, menino, você é tão lindo. É no seu olhar que meu céu brilha. No seu sorriso mora minha alegria. E não há outro lugar no mundo, que não no seu peito, onde eu queira estar. Porque meu corpo dança é no seu ritmo, minha pele vibra é com o seu toque e vida é mais sonho quando com você. Continuar lendo “Menino”
Ensina-me
Perdoa meus passos trôpegos
que eu esqueço seus recuos. Continuar lendo “Ensina-me”
Interrogatório
O que faríamos se o sonho virasse realidade? O que haveria depois do fim de tanta espera? O que faríamos depois de saciar a sede, matar a fome, dizer todas as palavras, fazer todos os brindes e dividirmos o mesmo espaço? O que teria depois do infinito, além das estrelas, entre nós dois?
Precipício
Caminho lentamente pelo tempo, atravesso a cidade, mudo o trajeto, ando em círculos, dobro uma esquina. Faz inverno, muda ano, tanto engano!, e eu não sei mais pra onde ir. Chego sempre de partida, repartida em metade, meio manca, meio oca, vivendo meio que que por (re)existir.
Sine qua non
Nosso amor morreu antes de existir, sendo, ainda assim, maior, bem maior que o fim. O que sobrou, ficou aqui, ancorado no segredo do meu ser, por trás de todas as camadas. Ali, onde ninguém vê. Bem aqui, onde arde e urge em mim. Continuar lendo “Sine qua non”
Deu saudade
Deu uma saudade doida de dançar você mais eu. De sentir a zabumba zabumbando no peito enquanto um bate o coração do outro.
Deu uma saudade doida de dançar você mais eu. De falar olhando, como quem diz e sabe que é ali o lugar onde a gente queria estar.
Deu uma saudade doida de dançar você mais eu. Olhar seu cheiro rodar no ar e fazer o tempo parar.
Não deu só saudade, deu vontade, vontade de te dizer que o nosso amor que aconteceu cor de amarelo é mais lindo que cordel.
Me rendo
Cedo ou tarde eu voltaria. Eu sei que você sempre soube, mesmo quando eu duvidei. Mesmo trancado todas as janelas e apagando todos os rastros, você sempre soube que eu sempre voltaria. E cá estou, de novo e mais uma vez. Presa a sua lembrança, refém de uma esperança torta, quase morta, do impossível acontecer. Continuar lendo “Me rendo”