O que faríamos se o sonho virasse realidade? O que haveria depois do fim de tanta espera? O que faríamos depois de saciar a sede, matar a fome, dizer todas as palavras, fazer todos os brindes e dividirmos o mesmo espaço? O que teria depois do infinito, além das estrelas, entre nós dois?
Categoria: Palavras
Precipício
Caminho lentamente pelo tempo, atravesso a cidade, mudo o trajeto, ando em círculos, dobro uma esquina. Faz inverno, muda ano, tanto engano!, e eu não sei mais pra onde ir. Chego sempre de partida, repartida em metade, meio manca, meio oca, vivendo meio que que por (re)existir.
Sine qua non
Nosso amor morreu antes de existir, sendo, ainda assim, maior, bem maior que o fim. O que sobrou, ficou aqui, ancorado no segredo do meu ser, por trás de todas as camadas. Ali, onde ninguém vê. Bem aqui, onde arde e urge em mim. Continuar lendo “Sine qua non”
Me rendo
Cedo ou tarde eu voltaria. Eu sei que você sempre soube, mesmo quando eu duvidei. Mesmo trancado todas as janelas e apagando todos os rastros, você sempre soube que eu sempre voltaria. E cá estou, de novo e mais uma vez. Presa a sua lembrança, refém de uma esperança torta, quase morta, do impossível acontecer. Continuar lendo “Me rendo”
Inverno
Nesses dias em que as noites são longas demais, eu me retraio e me encolho. Reduzo-me ao mínimo essencial. Fecho as janelas, cerro as palavras e olho pra dentro de mim. Mergulho na minha escuridão, nas minhas incertezas. É preciso tempo para acertar as contas com as frases não ditas, com as verdades escondidas e com as portas que não tive coragem de fechar. Continuar lendo “Inverno”
Agridoce
Então eu penso que você poderia mudar a minha vida, confundir minhas certezas, embaraçar minhas pernas e alterar meu destino. Entraria como uma rajada de vento pela minha janela, desordenando meus dias e minhas coisas, tirando tudo do lugar, mudando minhas crenças , arrepiando a pele e refrescando a alma.
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Garimpo
Garimpo as memórias perdidas no tempo e encontro seu olhar, suas mãos, sua pele imprecisa, seu ser indefinido e um tanto de nós dois. Da nossa desmesura, da nossa amplidão e esbarro num tanto de solidão. Continuar lendo “Garimpo”
Nunca
O amor não acaba. Nunca. Nem depois do fim. O amor se reinventa, se redescobre, se transforma, se transmuta, se refunda, se reconstrói, se reergue. O amor evolui e vai pra frente, mesmo sem sair de mim. Continuar lendo “Nunca”
Escapou
Tanto tempo
E faz tanto tempo que tudo aconteceu. E já faz tanto tempo que eu te odiei pra sempre que eu nem me lembro mais as razões que inventei pra te esquecer.
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